small_20140729-02-01

Com atrativos que vão da localização estratégica à farta oferta de qualificação para mão de obra, Piracicaba é hoje a 15ª maior do Estado de São Paulo em número de empresas ativas.

Entre matrizes e filiais, das micro e pequenas às grandes companhias, a cidade conta hoje com 40.255 empresas em funcionamento.

Os dados são do Empresômetro, ferramenta do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) que promove um censo da atividade no país.

Conforme o sistema, de 2012 — ano em que a atividade começou a ser mapeada — até o último dia 14 de julho, foram mais de 6,1 mil novas empresas constituídas em Piracicaba, um aumento aproximado de 18%.

O crescimento é representativo também na comparação entre dezembro de 2013 e julho de 2014, com alta média de 6% entre os dois períodos, o que indica que mesmo com o atual momento econômico brasileira, a cidade continua sendo atrativa para os investidores.

“O fato de observarmos um aumento expressivo do número de empresas ativas em Piracicaba pode revelar um ambiente de negócios bastante propício. Estes números podem estar associados não apenas ao estabelecimento de novos empreendimentos, mas também refletir a sobrevivência de empresas locais e a crescente formalização dos negócios”, afirmou Fabíola Cristina Ribeiro de Oliveira, economista e professora de ciências econômicas da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).

Ela lembrou que mudanças importantes na legislação tributária nos últimos anos favoreceram a manutenção e atratividade de novas companhias, com destaque para a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, regulamentada pelo município em 2011 (governo e estado já haviam aprovado a medida em 2006 e 2008 respectivamente).

“O estabelecimento de novas empresas, a sobrevivência delas e a formalização dos negócios são de extrema importância para o desenvolvimento local, já que geram mais postos de trabalho e renda e contribuem para o aumento da arrecadação tributária municipal”, disse Fabíola.

Ela pontuou ainda que há todo um efeito multiplicador dos investimentos à medida em que eles se relacionam com o nível de consumo da população, podendo gerar novos investimentos e reinvestimentos para a ampliação da produção de bens e serviços.

Para a economista, o parque automotivo é um dos grandes responsáveis pelo aumento no número de empresas nos últimos anos, já que só a abertura da Hyundai gerou milhares de postos de trabalho, além de atrair dezenas de empresas fornecedoras de peças e serviços, o que gerou ainda mais oportunidades.

“A situação dinamiza e estimula o desenvolvimento de outras atividades, envolvendo outros segmentos que vão da alimentação e vestuário aos serviços educacionais”, relatou.

LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA — Para a economista, o fato da cidade estar localizada em uma região de desenvolvimento econômico e social elevado favorece e atrai novos investimentos.

Outro ponto levantado é a presença de importantes universidades e faculdades, que oferecem grande número de cursos de graduação e pós-graduação, além das escolas técnicas que qualificam mão de obra para o mercado.

“Há ainda a presença de importantes aparelhos culturais que tornam a cidade um centro turístico que atrai pessoas de toda a região, além de conferir uma ótima qualidade de vida para os residentes.”

EMPRESARIADO — Do total de empresas em atividade no Brasil, segundo o Empresômetro, quase a metade (47,6%) é composta por empresários individuais.

Em seguida vem a sociedade empresarial limitada, com 33% do total. As associações privadas respondem por uma fatia de 2,8% apenas.

Entre os segmentos, 5,27% das empresas estão no setor varejista de vestuário e acessórios. Lanchonetes e similares correspondem a 3,63%.

FONTE: Jornal de Piracicaba / Danielle Gaioto / Foto: Arquivo/Claudinho Coradini