A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que Piracicaba tem 397.322 habitantes. O ano de referência é 2017 e, neste mês, o órgão deverá lançar a revisão para 2018 e a expectativa é que a cidade, neste ano que comemora o 251º aniversário, vai alcançar ou superar a marca de 400 mil moradores.
No entanto, os dados oficiais para análise demográfica são do Censo de 2010, do IBGE, que registra 364.571 pessoas residentes no município, que tem área territorial de 1.378,069 quilômetros quadrados (km²). Com essa população, a cidade é a 17ª mais populosa do Estado de São Paulo e a 61ª no Brasil. No Censo de 2000, Piracicaba tinha 330 mil habitantes. O próximo Censo deverá ser efetuado em 2020.
Segundo o Censo 2010, a faixa etária com maior número de pessoas é entre 25 e 29 anos de idade, com 34.280 habitantes. De 20 a 24 anos de idade (31.927), e de 30 a 34 anos de idade (31.169). Piracicaba tinha 24 pessoas com 100 anos de idade ou mais, sendo 19 mulheres e cinco homens.
Já as pessoas com idade entre 90 e 99 anos, somaram 883. E, na faixa etária dos 70 aos 79 anos, eram 20.703 habitantes. Seguindo a tendência mundial, a cidade reduziu a taxa de crescimento da população. Passou de 2,58% entre 1980 e 1991, para 0,71%, de 2000 a 2017.
“Piracicaba continua crescendo, mas com taxas menores”, informou a engenheira civil do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Piracicaba (Ipplap), Maria Beatriz Silloto Dias de Souza. Segundo ela, outro dado importante para avaliação de tendências da dinâmica da população é o índice de envelhecimento, calculado pelo número de pessoas com 60 anos ou mais de idade para cada 100 menores de 15 anos de vida.
“Piracicaba, em 2017, apresentou 18,08% da população com menos de 15 anos, e 15,24% com 60 anos ou mais, indicando índice de envelhecimento de 84,27% maior que a média do Estado, de 72,47%”, informa o presidente do Ipplap, Arthur Ribeiro. No ano passado, nasceram 5.234 bebês no município.
Desafios
O diagnóstico da população ajuda o poder público a planejar ações. Piracicaba está, no momento, revisando o Plano Diretor de Desenvolvimento. Segundo o prefeito Barjas Negri (PSDB), o grande desafio é melhorar cada vez mais os serviços públicos, a qualidade de vida da população e assegurar o desenvolvimento econômico da cidade.
“Hoje em dia, Piracicaba é referência nacional em Saneamento Básico, em Educação Infantil, Gestão Municipal e destaque nos Indicadores de Segurança. A cidade tem que trabalhar para que esses indicadores se mantenham e, se possível, melhorem. Ao mesmo tempo, temos que trabalhar para que outros Indicadores possam melhorar ainda mais como, por exemplo, o índice de Mortalidade Infantil, que por dois anos se mantém abaixo de dois dígitos (nove para cada um mil nascidos vivos em 2017, e 8,8, 2016), enquanto em nível nacional há indicadores de aumento”, afirmou.
Ele ressaltou sobre os idosos, que a Rede Municipal de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) precisa se adequar para enfrentar essa situação. “Não é por outra razão que construímos e implantamos o Hospital Público Regional ‘Doutora Zilda Arns’, ofertando 132 novos leitos hospitalares, permitindo que a rede do SUS – Santa Casa, Hospital dos Fornecedores de Cana e, agora, o Hospital Público Regional – possa ter estrutura para atender mais idosos nos próximos 20 anos”, disse.
Bairros
A área urbana de Piracicaba conta com 64 bairros em cinco Regiões, conforme o Censo 2010. A região mais populosa é a Norte, com 85.150 habitantes em 14 bairros. Depois vem a Sul, com 77.550 moradores em 11 bairros. A Zona Leste conta com 16 bairros e 62.501 habitantes e o Centro, com 11 bairros, tem 59.631 habitantes. A área menos habitada é a Oeste, com 58.402 moradores em 12 bairros.
De acordo com Barjas, o diagnóstico técnico elaborado para a revisão do Plano Diretor/2018 apontou as mesmas tendências verificadas em 2003: um incremento populacional mais significativo nas regiões norte e sul, seguido pelas Regiões Oeste e Leste.
“A tendência é que, nos próximos anos, estas regiões continuem crescendo nesta sequência. A região central consolidada prossegue no processo de esvaziamento populacional e está sendo tratada de forma diferenciada nesta revisão do Plano Diretor. O objetivo é incentivar residências na região central, para que as pessoas usufruam da infraestrutura disponível, de forma mais sustentável”, destacou.
O novo macrozoneamento, que segundo o prefeito regula a ocupação e uso do solo urbano, em estudo nesta revisão do Plano Diretor, “incentivará o adensamento nas áreas consolidadas, ocupando os vazios urbanos, levando em consideração os aspectos ambientais, de solo, hidrologia, infraestrutura e socioeconômico”, comentou.
FONTE: Gazeta de Piracicaba